segunda-feira, 4 de maio de 2009

Fecharam as cortinas, mas o palco se estende ao céu...

Após o abalo da fatídica noticia fúnebre da partida do célebre Augusto Boal, meus pensamentos e insights artísticos me cobraram feito brasa ao vento para meu manifesto perante tamanha voracidade pela arte.

A figura do escritor genial, do educador essencial e do militante cultural se apresenta em seu ultimo ato, mas seu legado, seus seguidores e suas pegadas de pesquisa nessa terra, triunfarão sob as mentes, que como ele, se preocupam com as mobilizações que a arte provoca.

Eu, em minhas tantas pesquisas artísticas, em minhas atuações a frente da TRUPE ORTAÉTICA DE TEATRO PERFORMÁTICO, me deparei diante da escrita poética desse escritor necessário para os que de fato contemplam o teatro como um jogo, como uma percepção social, li nas entrelinhas de seus livros a paixão pelo espetáculo que é viver.

Pessoas como o velho Boal não merecem um minuto de silêncio, merecem uma vida inteira de barulho, pois sua arte não se cala jamais, sua vontade em sacudir cérebros alheios não dormirá nunca e sobretudo o barulho harmonioso que sua trajetória artística nos deixou ecoará pelos quatro cantos do mundo, principalmente no mundo que há em cada um de nós.

Emergir para a eternidade é conseqüência desse mito brasileiro.

Seu teatro do oprimido coagiu opressores, vislumbrou utopias cada vez mais possíveis e foi mais que um comprimido de combate a inércia.

Que os Deuses teatrais lhe cortejem por novos caminhos e que me inspirem sempre a escrever páginas novas desse teatro peculiarmente humano, como mais um entre tantos de seus seguidores.

Professor Tiago Ortaet
tiagoortaet@yahoo.com.br
02/05/2009

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