Mostrando postagens com marcador graffiti. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador graffiti. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quando eu era menina - por Lya Alves

"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino".

Paulo de Tarso.


Quando eu era criança, adorava brincar com umas bonequinhas de papel que vinham numa cartela com roupas de papel. Por muito tempo foram as únicas bonecas que eu gostava de brincar, porque, sendo de papel, eu podia criar roupas novas o tempo todo e assim, nunca era o mesmo brinquedo. Com o tempo, passei a fazer as minhas próprias bonecas. Mais adiante, passei a vender as bonecas e as roupas para minhas amigas da escola.











O desenho acima foi feito quando eu tinha 8 anos de idade. Os graffiti abaixo foram feitos hoje.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Graffiti especial


Quase um mês de oficina nova. Desta vez, para crianças especiais. Mas afinal, que são crianças especiais? Todas não são? Bom, meus alunos tem síndrome de down, autismo e tem até um cadeirante, e eu garanto a você que eles são mais do que especiais, mas rótulo não é legal pra ninguém. Eu não gostaria que me conhecessem apenas como a “convulsivante” do local. Eles são diferentes, mas quem é comum?
O grande lance é que pra lidar com a tchurminha precisamos sair da nossa zona de conforto, precisamos ir até eles, entrar no mundo deles. E nem sempre estamos a fim de dar a aula para o aluno, por incrível que pareça. Queremos o domínio da sala de aula, onde fazemos as regras e temos total controle sobre tudo e todos. Mas com eles não é assim. Pra entrar no mundo do autista, você tem que gostar do que ele gosta, fazer oque ele faz e esta é a senha de entrada. A senha para os que tem síndrome de down é chronos: você precisa virar adolescente também. Para o cadeirante, a senha é entender a cadeira de rodas como parte dele, não como um objeto. Como seria legal se os meus professores tivessem viajado comigo: no tempo, no espaço, no coração.

Hoje eu parto do seguinte princípio: um aluno que pode decorar quem são os X-Men, seus poderes, identidade secretas, biografias, amigos e inimigos podem aprender qualquer coisa. Basta tornar o ensino atraente. Todas as aulas deveriam ser, mas alguém decidiu que o ensino tinha que ser um inferno para os alunos, o calvário da infância e adolescência, e conseguiu muitos adeptos. Minha irmã está fazendo supletivo, apanhando da matemática, como eu apanhei um dia. Mas na minha escola, não era nota, era conceito. Você não podia apenas tirar um zero humilhante numa matéria que você não conseguia entender nada: você tinha conceito. “I”, de insuficiente para os professores, ou “ignorante”, “idiota”, “imbecil”, entre os colegas de classe. Eu a consolei: “olha, Einstein também era péssimo em matemática”. Mas ela ainda tinha um problema pela frente, aliás, como se tratava de matemática, ela tinha vários problemas pela frente. Não sei se fiz bem. Mas minha irmã já tem idade o suficiente pra saber que não vão ensinar a teoria das supercordas na aula de física, que ela nunca vai decorar a tabela periódica e que há regras para interpretação de texto que somente são ensinadas quando você estuda para concurso público, e não na escola.

Ah, não dá pra esconder a bronca da matemática. Eu tive bons professores nesta matéria, aliás, professores impressionantemente fantásticos,do tipo que marca uma aula só com você até que você enteeda, mas não conseguia aprender. Como eu ia aprender uma matéria onde você não pode se distrair? Eu, artista? Eu sabia tudo sobre os Beatles e os Rolling Stones, e conhecia B.B.King aos nove anos de idade, e também Gal Costa, Chico e Caetano. Sabia quem era Portinari e Freud, mas isso não me ajudava com a matemática. Os problemas começaram com o MDC. Daí por diante, foi uma via-crúcis. E tudo oque eu uso hoje são as operações básicas, com a calculadora, que tem no celular. Uso muito, pra fazer os cálculos dos metros da madeira para os quadros, a conversão de medidas, preciso saber o preço da lata de tinta, valor comparado a quantidade. E só.

Bem, estou feliz com a aula de ontem, os alunos me surpreenderam. Começamos um mural com letras, oque era importante, porque assim, sem querer, eles vão aprendendo as letras. Alguns ainda não articulam palavras, e outros ainda tem dificuldades com o aprendizado. Mas como é uma “tchurminha’ interessante. Eles estavam com o tradicional medo de se sujar, mesmo eu tendo avisado que eles se sujariam muito, e mesmo usando uma roupa mais velha para este fim, eles estavam preocupados. Estratégia? ”Tia Lya, você ta fazendo oque? Olha, gente, tia Lya tá com a mão dentro da lata de tinta”...”tia, você se sujou...”e gargalhadas rolaram na liberdade do pôr do sol fresquinho em Piratininga.

Lya Alves
http://www.lyaalves.com/
http://www.intercambioculturalarts.com/

domingo, 7 de março de 2010

A Estória de Jackson Pollock, por Lya Alves

Há muito tempo atrás, na terra encantada, havia um mágico chamado Jackson Pollock, que morava numa maçã e usava sua varinha mágica para dar vida às tintas, ele fazia uma dança mágica, agitava os braços e então, de repente, aparecia uma gigantesca multidão de pingos incandescentes que, juntos uns dos outros, criavam vida e dançavam com ele, fazendo muitos splats por aí.




sábado, 25 de outubro de 2008

Oficinas de graffiti-RJ





O Philosoffiti, oficina de graffiti idealizada pela artista plástica e arte-educadora Lya Alves (Rota das Artes de Niterói) para o Projeto Social Trindalata,é um projeto artístico que utiliza o graffiti como veículo de inclusão social, geração de renda e democratização cultural para comunidades carentes. Funcionando desde junho/2008, oferece à população 5 oficinas de graffiti em Niterói. O curso inclui aulas práticas, teóricas e saídas pra eventos de hip hop e grafitagem.

PROJETO PHILOSOFFITI OFICINAS DE GRAFFITI
Prof.: Lya Alves (Rota das Artes).
Duração do curso: 3 módulos de 4 meses ( total: 12 meses).
Público-alvo: crianças de 9 a 12 anos, adolescentes e adultos.
Inscrições abertas
Gratuito


ASSOCIAÇÃO E ESCOLA FLUMINENSE DE BELAS ARTES – AFBA
Local: Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF -Rua Lara Vilela, 126 - São Domingos
Dia: TERÇA-FEIRA 14:00 às 16:00h
Info: (21)2622-6745/(21)2629-9783 / (21)2629-9784

CENTRO COMUNITÁRIO SOCIAL DE PIRATININGA
Local: Rua Acúrcio Torres, esquina com rua 14 - Piratininga
Dia: QUARTA-FEIRA 14:00 ÀS 16:00 horas
Info:(21)2608-4058

PROJETO IDE
Local: Rua Mário Vianna, 302 – Santa Rosa
Dia: QUINTA-FEIRA de 14:00 às 15:30 horas
info:(21)3603-3655

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL NOVO TEMPO
Local: Estrada Caetano Monteiro, 164 sobreloja 203 – Pendotiba
Dia: QUINTA-FEIRA, de 16:00 às 18:00 horas
Info:(21)2616-1727

PROJETO SOCIAL ANTIOQUIA
Local: Rua 38 – Piratininga - Niterói
Dia: SEXTA-FEIRA 14:30 às 16:30 horas
Info:(21)2619-2239

Contatos:
Lya Alves, artista plástica e autora do Projeto (21) 2609-8275/ (21)9489-1125
lyamac76@yahoo.com.br